Um novo sonho começa a ganhar matéria física!
A Casa da Família Neis-Bilhar já foi sonhada há alguns anos, quando ainda eram apenas dois. Hoje, com mais uma integrante, a família sorri ao ver novas paisagens surgindo. Porém esse olhar vai além da família nuclear, ela expande-se ao CEBB (Centro de Estudos Budistas Bodisatva) e também ao planeta.
Ela precisará de muitas mãos para ser concluída. Ela merece. Eles merecem. Com as mãos, surgem também os corações! Serão necessários mil corações para essa alegria estar completa!
E com a certeza da interdependência entre os seres, os fenômenos, entre as paisagens, a família está buscando registrar e compartilhar seu processo de bioconstrução. Não apenas as questões físicas, dos materiais e técnicas, mas seus aprendizados na práticas, suas relações, seus anseios.
Isto tudo em forma de blog. Em forma de Compaixão. Somos gratas ao Universo por encontrarmos pessoas com essa sintonia em nosso caminho. Somos mais que apenas seres em relação, somos seres de Amor.
Aproveitem. Divirtam-se e apaixonem-se por esses seres!
vidafeitaamao.wordpress.com
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Casa Mil Corações: Vida Feita à Mão
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bioconstrução,
mutirão
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Tudo conectado!
Não basta o espaço construído ser vivo, toda a nossa volta deve ser viva tb!
101 Designs de Permacultura
101 Designs de Permacultura
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alimento seguro,
cultura,
sustentabilidade
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Uma REDE de trocas!
Ontem realizamos uma Feira de Trocas na semana acadêmica do curso de Adm Pública e Social - UFRGS, com fala introdutória da prof Ana Mercedes.
Mais algumas pessoas conheceram a mágica de um mercado baseado em valores como confiança, comércio justo e solidariedade. Algumas sementes foram plantadas...
Além de proporcionar um momento de descontração e alegria, experimentando trocar coisas que não nos servem mais por outras que gostaríamos de ter, a feira se propõe a repensar lógicas postas e as nossas próprias relações e habilidades.
Aspiramos muito que uma REDE de pessoas interessadas em outras relações possa se conectar e ativar essa nova economia que tanto queremos. Conectar produtores rurais, artesãos, médicos, costureiras, cozinheiros, arquitetos, donas de casa, professores, enfim, TODOS que se sentirem chamados.
Faremos nosso melhor para que essa energia continue a circular e reverberar pelo universo!
Chuva de Luz para todos os seres!
Mais algumas pessoas conheceram a mágica de um mercado baseado em valores como confiança, comércio justo e solidariedade. Algumas sementes foram plantadas...
Além de proporcionar um momento de descontração e alegria, experimentando trocar coisas que não nos servem mais por outras que gostaríamos de ter, a feira se propõe a repensar lógicas postas e as nossas próprias relações e habilidades.
Aspiramos muito que uma REDE de pessoas interessadas em outras relações possa se conectar e ativar essa nova economia que tanto queremos. Conectar produtores rurais, artesãos, médicos, costureiras, cozinheiros, arquitetos, donas de casa, professores, enfim, TODOS que se sentirem chamados.
Faremos nosso melhor para que essa energia continue a circular e reverberar pelo universo!
Chuva de Luz para todos os seres!
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terça-feira, 16 de setembro de 2014
O Bem Viver de uma SendaViva
Neste mês de setembro de 2014, a SendaViva participou de um seminário sobre o Buen Vivir, uma política de Estado desenvolvida pelo Equador e seguida por alguns países da América Latina, na UFRGS.
Segue um relato revigorado de uma senda:
Para nossa surpresa a mesa de abertura tinha a presença ilustre de Pepe Mujica, presidente do Uruguai, que pratica a política do Buen Vivir sem nem mesmo a publicizar.
Em sua fala, Mujica emocionou e fez rir. Com uma voz forte e decisiva, fez reviver a esperança e renovar os votos dos ouvintes que querem viver o bem. Trouxe a tona uma reverência ao milagre da vida sem ajoelhar-se a qualquer mandamento, principalmente aos mandos do capital, que nos escraviza, roubando nosso tempo em troca de alguns trocados. Tempo esse que, na falta dele, nos deixa sem motivação para uma vida com valor! Tempo esse serviria para descobrir atividades que nos motivam a seguir agindo de forma ética e generosa, e assim seguir a VALORIZAR todas as outras formas de vida.
Questionarmos sobre o que são necessidades e o que são manipulações do mercado nos trazem à tona nossa inteligência e ação política do cotidiano. Assim também reabsorvemos nossa responsabilidade, que é a consciência lúcida sobre nossos atos.
E isso nos recorda da complexidade da Vida. A vida não é difícil como pensamos, ela é sim complexa, com redes sobrepostas e interligadas. Entretanto nosso compromisso não é o de reorganizar as redes e sim, integrar inicialmente por dentro. Começar por nós mesmos. Sermos mais pacientes, tolerantes e amorosos com o nosso ser. Parando assim toda a guerra, interna e consequentemente, externa. Yes, we can; a Humanidade pode. Assim estaremos a defender todas as formas de Vida, estaremos assim em luta pela sobrevivência do Planeta. Precisamos de toda a VIDA que existe para sermos completo, sermos Planeta Terra.
Sobre o Buen Vivir na Cidade e em relação ao Ser Humano:
A convivência na cidade está assim como a convivência com nós mesmos: turbulenta. Conflitos éticos, ambientais, políticos e de tantos outros tipos, preenchem nosso tempo sem parecer ter fim ou solução. A saída proposta: diálogo e principalmente escuta. Encontramos ai a Comunicação Não Violenta, praticada agora dentro do poder municipal e fóruns de justiça. Estabelecemos empatia através da escuta e assim compreendemos o outro, assim como a nós mesmos, e então podemos auxiliar numa ação que beneficie a situação.
Nasce a noção de Resiliência, agora urbana, onde os obstáculos são enxergados, superados e internalizados como resposta aos nossos limites e evoluções. Antes a cidade estava preocupada em se erguer, agora buscamos o sentido de estar na cidade, que é a convivência, que é ser cidadão, que é construir relações e ecossistemas. Sistemas são relações, são as interações entre os seres que o compõe. Assim vamos retornando, naturalmente, à lógica da Vida, estabelecendo relações e evoluções entre essas conexões. Próprio da cidade é a Cultura Cidadã, que precisa estar baseado no direito humano fundamental de estar bem, de sentir-se bem. E isso está ligado à diversidade da vida! Sentindo-se pertencente à vida conseguiremos estabelecer relações saudáveis. Por isso parece-nos imprescindível a defesa de todas as formas de vida.
E por fim vemos que o tempo que nos roubam é o tempo que falta para observarmos o outro, para conhecermos os ciclos naturais, a influência da Lua, a sutileza dos cantos, a harmonia do todo.
A SendaViva fica feliz por estabelecer processos e relações que vão além do tempo de um projeto, de uma situação. Estamos em processos abertos estabelecendo redes, conexões e enfim ALIANÇAS com quem estiver disposto a experimentar outras formas de conVIVER.
Link sobre o Buen Vivir:
http://issuu.com/buen-vivir/docs/1_presentacion/9?e=8910223/4403818
Segue um relato revigorado de uma senda:
Para nossa surpresa a mesa de abertura tinha a presença ilustre de Pepe Mujica, presidente do Uruguai, que pratica a política do Buen Vivir sem nem mesmo a publicizar.
Em sua fala, Mujica emocionou e fez rir. Com uma voz forte e decisiva, fez reviver a esperança e renovar os votos dos ouvintes que querem viver o bem. Trouxe a tona uma reverência ao milagre da vida sem ajoelhar-se a qualquer mandamento, principalmente aos mandos do capital, que nos escraviza, roubando nosso tempo em troca de alguns trocados. Tempo esse que, na falta dele, nos deixa sem motivação para uma vida com valor! Tempo esse serviria para descobrir atividades que nos motivam a seguir agindo de forma ética e generosa, e assim seguir a VALORIZAR todas as outras formas de vida.
Questionarmos sobre o que são necessidades e o que são manipulações do mercado nos trazem à tona nossa inteligência e ação política do cotidiano. Assim também reabsorvemos nossa responsabilidade, que é a consciência lúcida sobre nossos atos.
E isso nos recorda da complexidade da Vida. A vida não é difícil como pensamos, ela é sim complexa, com redes sobrepostas e interligadas. Entretanto nosso compromisso não é o de reorganizar as redes e sim, integrar inicialmente por dentro. Começar por nós mesmos. Sermos mais pacientes, tolerantes e amorosos com o nosso ser. Parando assim toda a guerra, interna e consequentemente, externa. Yes, we can; a Humanidade pode. Assim estaremos a defender todas as formas de Vida, estaremos assim em luta pela sobrevivência do Planeta. Precisamos de toda a VIDA que existe para sermos completo, sermos Planeta Terra.
Sobre o Buen Vivir na Cidade e em relação ao Ser Humano:
A convivência na cidade está assim como a convivência com nós mesmos: turbulenta. Conflitos éticos, ambientais, políticos e de tantos outros tipos, preenchem nosso tempo sem parecer ter fim ou solução. A saída proposta: diálogo e principalmente escuta. Encontramos ai a Comunicação Não Violenta, praticada agora dentro do poder municipal e fóruns de justiça. Estabelecemos empatia através da escuta e assim compreendemos o outro, assim como a nós mesmos, e então podemos auxiliar numa ação que beneficie a situação.
Nasce a noção de Resiliência, agora urbana, onde os obstáculos são enxergados, superados e internalizados como resposta aos nossos limites e evoluções. Antes a cidade estava preocupada em se erguer, agora buscamos o sentido de estar na cidade, que é a convivência, que é ser cidadão, que é construir relações e ecossistemas. Sistemas são relações, são as interações entre os seres que o compõe. Assim vamos retornando, naturalmente, à lógica da Vida, estabelecendo relações e evoluções entre essas conexões. Próprio da cidade é a Cultura Cidadã, que precisa estar baseado no direito humano fundamental de estar bem, de sentir-se bem. E isso está ligado à diversidade da vida! Sentindo-se pertencente à vida conseguiremos estabelecer relações saudáveis. Por isso parece-nos imprescindível a defesa de todas as formas de vida.
E por fim vemos que o tempo que nos roubam é o tempo que falta para observarmos o outro, para conhecermos os ciclos naturais, a influência da Lua, a sutileza dos cantos, a harmonia do todo.
A SendaViva fica feliz por estabelecer processos e relações que vão além do tempo de um projeto, de uma situação. Estamos em processos abertos estabelecendo redes, conexões e enfim ALIANÇAS com quem estiver disposto a experimentar outras formas de conVIVER.
Link sobre o Buen Vivir:
http://issuu.com/buen-vivir/docs/1_presentacion/9?e=8910223/4403818
terça-feira, 10 de junho de 2014
Obah Hostel Bar
O convite foi feito. E dessa vez só seria aceito se fosse do nosso jeito: BIOCONSTRUÍDO. Uma proposta inovadora para um Hostel no Moinhos de Vento: BIOCONSTRUÇÃO! O nome sugestivo: Oca.
A partir daí começamos a sonhar não apenas paredes, mas também com parcerias. O homem da técnica, Jaime. A mulher do barro, Aninha. O casal-love, Raquelzinha e Cacá! Pronto! Com o prazo curto e o coração na boca, FECHAMOS a Parceria e ABRIMOS as portas da ABUNDÂNCIA!
O tempo era curto, o trabalho muito e a afinação necessária! Começamos então pelos superadobes e a chuva chegou junto. Duas semanas socando terra, subiram 10 toneladas de terra, que veio de Viamão. Mas o vizinho, outra obra, nos cedeu alguns sacos de terra do Moinhos! Isso foi abundante! Ele trocou por um pote da milagrosa Lama biomineralizada e fermentada da Biobacter's (www.biobacters.com.br). Essa parceira foi indispensável, já que a tecnologia permitia fazer em tempo recorde e depois faríamos as devidas correções.
Depois iniciamos a estrutura da recepção. Até então uma pérgola de estrutura roliça de eucalipto. Mas depois que iniciamos a teia de madeira, com os magos marceneiros Magu e Elias, e as teias de bambu cortado, os olhos de quem passava e mesmo os de quem trabalhava na obra, começaram a crescer... Incrédulos da técnica. Um absurdo!
Mas seguimos e dada a largada do barro nas paredes, mais e mais falatório.Lidamos de forma criativa, convidávamos todos a colocar a mão. Sentimos as vontades, mas também a resistência. Aumentamos o número de mãos! Morgana, Cauac, Leandro e Raquel. Força total em subir as paredes! Para cada uma que subíamos, escutávamos: vai secar? E um certo receio veio junto. Mas continuamos firmes, ventiladores, estufas e nada de chuva! De repente o que parecia que não ia secar, começa a reagir de maneira contrária, tudo começou a secar instantaneamente! Era o reforço: Veranico de Maio, Bactérias e Fungos a todo o vapor!!! Agora ninguém mais duvidava!
E a essa altura já havíamos conquistado a equipe de obra civil, e muitos deles passavam e ficavam acompanhando cada etapa, para aprenderem e depois reproduzirem nas suas bioconstruções! Isso foi a ABUNDÂNCIA fluindo! Claro que nos colocamos à disposição para colocar a mão na massa junto com eles!
Muitas e muitas pessoas começaram a circular na obra quase finalizada e sempre escutamos opiniões dos dois lados, mas todos ficavam impressionados com o espaço, as cores, os cheiros! São as lembranças celulares falando mais alto que a nossa própria mente!
No final do mês, no dia 30 de maio, celebramos a entrega! Ficaríamos ainda muitos dias finalizando, dando mais uma mão de tinta, alisando mais uma parede... Mas entregamos, deixamos ir ao encontro do fluxo. Nos dispersamos...
Ao voltar sem tantas pessoas, as paredes estavam lá, com a nossa energia, estávamos ali. A terra tinha assentado no espaço, a casa estava exausta, mas dali em diante ela se recuperaria, aos pouco. Trabalhará no seu tempo agora. Nós iremos visitar e fazer a devida manutenção. Iremos ainda ver desdobrar muitos aprendizados. Muitos sorrisos.
Fiquem com um pouco desses 54 dias de vida fora do tempo linear!
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